Friday, May 2, 2008

douro



oiço oiço muito todas as conversas á minha volta. vejo muito vejo as pessoas mas sobretudo vejo a paissagem á minha volta, as casas á beira rio fascinam-me. O verde e o cêu. Oiço poucos sons das margens ou da água ou dos passáros. Entre as misturas de conversas mais ou menos banais e a música do barco pouco dá para ouvir do resto. As casas vazias e abandonandas continuam a chamar-me mesmo depois de chegar á cidade.
De volta de comboio, comboio antigo daqueles onde eu viajava quando era pequeno entre lisboa e porto, e onde os magotes de tropas se apertavam nos corredores e entre carruagens, alguns subiam para as prateleiras das bagagens e durmiam.

houve momentos (um deles foi à chegada ao peso da régua) que o ar ficava cheio de "dentes de leão" a flutuarem muito suavemente e perdia a noção se eram eles que se mexiam e nos atravessavam ou se estavam quietos como pertencessem aquele sitio e era o barco que os atravessava como se atravessa o nevoeiro.